Ídolos do Flamengo

 

Dida: Com 244 gols, este alagoano chamado Edvaldo Alves Santa Rosa é o segundo maior artilheiro da história do Flamengo. Somente Zico está a sua frente em número de gols marcados com a camisa rubro-negra. Ele chegou a clube da Gávea na década de 50 e sua primeira grande oportunidade na equipe principal aconteceu num clássico contra o Vasco. O Flamengo venceu por 2 a 1 e, em 55, Dida conquistou de vez a vaga no time titular. Na final do campeonato daquele ano contra o América, Dida fez três gols na vitória de 4 a 1, o que garantiu o segundo tricampeonato da história rubro-negra (1953/19541955). Ele também participou da Copa do Mundo de 1958, na Suécia, quando foi substituído durante a competição por Pelé. Em 1963 despediu-se do Flamengo ao ser vendido para a Portuguesa de Desportos.

Domingos da Guia: O maior zagueiro da história do futebol brasileiro, atuou nos dois maiores clubes do Rio: Flamengo e Vasco. Ele chegou ao rubro-negro em 1937. Antes do Flamengo, Domingos atuou no Vasco, Nacional (Uruguai) e no Boca Juniors (Argentina). Teve como companheiro de clube, outra estrela do futebol brasileiro daquela época: Leônidas da Silva. Foi na Gávea que Domingos da Guia atingiu o ápice da carreira. Participou da Copa do Mundo de 1938 na França, quando o Brasil ficou em 3º lugar. Foi campeão carioca em 1939, além do tricampeonato de 1942, 1943 e 1944 - o primeiro da história rubro-negra. Em 44, foi vendido ao Corínthians.

Leônidas da Silva: um dos maiores jogadores do futebol do Brasil, Leônidas da Silva veio para o Flamengo em 1934, após deixar o Botafogo. Em 1938, depois do destaque alcançado na Copa de 1938, onde foi o artilheiro da competição com sete (7) gols, recebeu o apelido de Diamante Negro. Foi ele o inventor da jogada denominada bicicleta. Leônidas conquista em 1939 o campeonato carioca e em 1942, transferiu-se para o São Paulo, onde encerrou a sua carreira.

Zizinho: Considerado maior jogador brasileiro até o surgimento de Pelé, Thomaz Soares da Silva e para muitos Mestre Ziza, chegou ao Flamengo após ser dispensado pelo América, devido ao seu corpo franzino. Seu grande futebol começou a aparecer, quando aproveitou uma contusão de Leônidas da Silva e deu um show num treinamento, deixando o técnico Flávio Costa impressionado com o seu talento. Após esta oportunidade assinou um contrato com o time da Gávea. Ao unir dentro de campo raça com a técnica refinada, Zizinho se tornou um dos maiores mitos da história rubro-negra. Ele comandou o Flamengo na conquista do tricampeonato de 1942, 1943 e 1944. Pouco antes da Copa de 1950, o seu passe foi vendido ao Bangu. No mundial disputado no Brasil, Mestre Ziza foi eleito o melhor jogador da competição.

Bebeto: Comprado em 1983 por Cr$ 56 milhões junto ao Vitória da Bahia, José Roberto Gama de Oliveira ou Bebeto marcou mais de 150 gols durante os seis anos em que vestiu a camisa do Flamengo. Quando chegou à Gávea, Bebeto submenteu-se a um tratamento para adquirir maior massa muscular. Trabalho semelhante já havia sido feito anteriormente com Zico - a maior ídolo da história rubro-negra. Jogando ao lado do Galinho de Quintino, Bebeto conquistou o Campeonato Carioca de 1986 e o Brasileiro do ano seguinte. Em 1989 foi vendido ao maior rival do Flamengo, o Vasco. Ano passado, após passar quatros anos jogando na Espanha, Bebeto voltou a vestir a camisa do Flamengo. Porém, a sua passagem não foi tão feliz quanto a anterior. No mesmo ano retornou à Espanha para atuar no Sevilha. No início de 1997, ele retornou ao clube que o lançou, o Vitória da Bahia.

Romário: O maior jogador da Copa do Mundo de 1994, foi contratado no início de 95 para ajudar o Flamengo a sair de uma das maiores crises de sua história. Com ele no time, todos os rubro-negros sonhavam em conquistar um título no ano do centenário de fundação do clube. Porém, este sonho foi desfeito por um gol de barriga de Renato Gaúcho, aos 41 minutos do 2º tempo, na final do Campeonato Carioca de 1995. No início de 96, prometeu a torcida do Flamengo vencer o campeonato estadual, para que ela pudesse esquecer aquele pesadelo da história rubro-negra. Desta vez, Romário cumpriu a sua promessa. O time da Gávea conquistou de forma invicta o Campeonato Carioca do ano passado, além de ser o artilheiro com 26 gols em 19 partidas. Em julho transferiu-se para o Valência (Espanha), mas em novembro retornou, para alegria da torcida flamenguista.

Júnior: O recordista de partidas vestindo a camisa rubro-negra é um dos maiores mitos da história recente do clube da Gávea. Foram 800 jogos pelo Flamengo. Segundo a torcida, ele é um dos que melhor incorporaram a mística rubro-negra: garra, espírito de luta e técnica. Juntamente com Zico, levou o Flamengo às suas maiores conquistas: a Taça Libertadores da América e o Mundial Interclubes em 1981. Conquistou também os campeonatos brasileiros de 1980, 81, 82 e 83. Em 1984, seu passe foi vendido para o Torino (Itália) e depois para o Pescara, onde se transformou no maior ídolo daquele clube. Voltou em 1989 para comandar o Flamengo nas vitórias do Campeonato Carioca de 1991 e do Brasileiro de 1992. Em 93, pendurou as chuteiras e dirigiu o time profissional até o fim do estadual de 1994. Este ano retornou ao comando do Flamengo, saindo após alguns maus resultados.

Zico: As palavras são poucas para descrever o maior ídolo e artilheiro da história do Flamengo. Vindo de uma família de grandes jogadores, como o irmão Edu - ídolo do América - , Zico chegou à Gavea ainda menino. Devido ao seu físico franzino, submeteu-se a um tratamento especial desenvolvido pelo preparador físico José Roberto Francalacci, para superar este problema. Estreou em 1971 na equipe profissional do Flamengo. No ano seguinte conquistou o seu primeiro título com a camisa rubro-negra.

Em 1974, Zico passou a usar camisa 10, com a qual passou a mostrar todo seu futebol genial, com arrancadas, lançamentos perfeitos e cobranças milimétricas de faltas. Com ele dentro de campo, o Flamengo conquistou os maiores títulos de sua história. Foi a famosa Era Zico. Em 1983, transferiu-se para o Udinese (Itália), onde foi o maior artilheiro da temporada 1983/1984. Em 1985, retornou ao seu clube de coração. Porém, a violência dos zagueiros adversários contribuíram para encurtar a carreira do maior ídolo do Flamengo. A entrada criminosa do defensor Márcio Nunes, do Bangu, quase encerrou a sua atividade dentro dos gramados. Somente o seu profissionalismo e seu amor ao Flamengo fizeram com que ele se recuperasse de cirurgias no joelho esquerdo. Em 1989, disputou a sua última partida como jogador rubro-negro. Em Juiz de Fora, o time da Gávea goleou o Fluminense por 5 a 0. Até na sua despedida, o Galinho de Quintino deixou uma de suas marcas registradas: um golaço de falta. Em 1990, foi para o Japão e ajudou a tornar o futebol e o campeonato japonês (J-League) conhecido. Na terra do sol nascente, atuou pelo Kashima Antlers e atualmente é diretor-técnico do clube.